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terça-feira, 8 de novembro de 2011

Pará? até quando tamanha dimensão?

Localizado na Região Norte, o Pará, possui a segunda maior extensão territorial do país, correspondendo a 14,6% do território nacional, atrás somente do Amazonas (1.559.161,682 km²). Como uma população acima de 7.581.051 habitantes, distribuídos em 143 municípios. A grande área territorial do Pará tem sido um dos argumentos utilizados para uma divisão desse território e a consequente formação de dois novos estados, além do atual Pará: Tapajós e Carajás. Os defensores desse projeto alegam que em razão da extensão paraense, as políticas públicas não são realizadas com eficácia, e a redução dessa área proporcionaria administrações mais eficientes. O que nos deixa acreditar que o maior interessado em dividir os estados seria o governo. 
Caso seja concretizada a fragmentação do território paraense, o estado de Carajás, localizado na porção sudeste, terá 285.000 quilômetros quadrados, cuja capital será a cidade de Marabá. A população dessa região é de aproximadamente 1,3 milhão de habitantes. Região rica em mineral (minério de ferro), além da pecuária.
O estado de Tapajós, por sua vez, seria um pouco maior com 722.000 quilômetros quadrados, sendo, portanto, o mais extenso. Apesar de compreender a maior área do Pará, essa região é a menos populosa: cerca de 1 milhão de habitantes. Sua capital seria a cidade de Santarém. Este estado se realmente fosse concretizado a ele seria integrado principalmente as áreas de preservação ambiental.
Restariam cerca de 240.689 quilômetros quadrados para o estado do Pará, sua população seria reduzida para aproximadamente 5,2 milhões de habitantes. Opositores a essa divisão argumentam que esse processo geraria gastos desnecessários para a União e que essa proposta é uma estratégia política, pois 3 novos cargos de senadores e 8 de deputados seriam proporcionados para cada um desses novos estados. Para o desenvolvimento de uma região seriam realmente necessários mais senadores e deputados? essa é uma questão a se pensar. 
Outro aspecto negativo alegado refere-se à economia dessas novas unidades federativas, visto que a região de Tapajós possui grandes áreas florestais, sendo proibido o desmatamento, além de reservas indígenas e áreas de conservação integral. Caso seja aprovado o projeto de divisão do Pará, um plebiscito será organizado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TER) paraense. Essa votação está prevista para 2011, caso seja aprovada, o Pará não será afetado somente no espaço físico, mas também nos aspectos administrativos e socioeconômicos.
Resta saber se com o plebiscito, a população Paraense saberá de fato escolher o que vai beneficiá-la ou não. 
Professor Eder Danilo P da Silva - Geografia e Filosofia (UNIMONTES) 






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